Depilação: melhor cera
Depilação: aposte na melhor cera e nos cuidados específicos para seu tipo de pele
Pele muito sensível à dor, pele ressecada e com alergia merecem atenção especial!
Quem tem a depilação como hábito sabe que aquela sensação de poder usar a roupa que você quiser sem nenhuma preocupação é uma delícia. Mas se você tem a pele sensível, também sabe que a vermelhidão e as bolinhas teimam em estragar o visual, e se sente muita dor, que pouco adianta ficar com a pele lisinha e de mau humor. Quem tem pele seca, alergia e muitos pelos encravados também sofre. Mas até para esses problemas existe uma solução. Por isso, conversamos com especialistas no assunto e descobrimos quais são os tipos de cera e os cuidados específicos da depilação para cada perfil de pele. Lance mão e sinta a diferença.
Para quem sente muita dor
Uma substância encontrada em alguns tipos de cera e que sabidamente alivia a dor é o óleo de cravo, também chamado de eugenol. “Ele atua como antisséptico e anestésico natural, reduzindo a chance de infecções locais e amenizando a dor local”, explica a dermatologista Angélica Pimenta. Para amenizar ainda mais a dor, a especialista recomenda o uso de produtos, como loções hidratantes ou óleos corporais, que contenham os princípios ativos calêndula e hamamélis antes do procedimento. “Essas substâncias a princípio podem ser usadas por todos, pois dificilmente causam alergias ou irritações, e estão indicadíssimas para quem tem sensibilidade aumentada a dor”.
A dermatologista conta também que as ceras depilatórias com uma mistura dos anestésicos lidocaína e prilocaína garantem que a dor da técnica diminua até 70%, além de conter anti-inflamatório e hidratante.
Outra possibilidade é utilizar cremes anestésicos antes da depilação com cera, mas lembre-se de passar em pequenas áreas, já que o medicamento em grandes quantidades pode ser absorvido pelo organismo e provocar efeitos colaterais, como tontura e pressão alta. Use sempre com cuidado: “deixe na pele por no máximo 30 minutos e não use sozinho, já que a sensação de dor pode ser alterada e você pode se ferir sem perceber”, recomenda o dermatologista Cláudio Mutti. A lidocaína é o analgésico tópico mais usado, não é necessária receita médica para comprá-lo, porém o ideal é sempre pedir orientação a um(a) dermatologista.
O ideal é evitar realizar a depilação próxima ao período menstrual, pois a sensibilidade à dor fica mais intensa nessa época. “A fase da menstruação potencializa a dor devido à liberação de uma substância inflamatória chamada prostaglandina”, explica Angélica Pimenta. Além disso, as mulheres tendem a reter líquidos nesse período, e como o inchaço comprime as terminações nervosas, a sensibilidade à dor aumenta.
Outro truque, recomendado pela dermatologista Letícia Mülles, é colocar uma compressa com água morna na região a ser depilada. “A água morna ajuda a abrir os poros e permite que o pelo saia mais facilmente, reduzindo a dor”, explica. Imediatamente após a puxada da cera, a especialista recomenta que seja colocada uma compressa de água fria na região depilada. “O frio sabidamente alivia a dor, tanto que é comumente usado após procedimentos estéticos dolorosos, através de jatos de gases frios”, conta.
Para quem tem pele seca ou ressecada
Algumas ceras no mercado têm em sua composição óleo e sementes de algumas frutas, que além de deixar a pele perfumada, hidrata a pele. “Outra composição que tem sido usada é a cera de cana-de-açúcar, que impede que os folículos pilosos inflamem com a retirada dos pelos e também diminui o desconforto da depilação”, conta Angélica Pimenta.
A especialista conta que o ritual da depilação começa bem antes da retirada dos pelos. O ideal é manter a pele sempre muito bem hidratada, com cremes específicos para o seu tipo de pele. “Independentemente do método o ideal é passar o creme hidratante específico seu tipo de pele até uma hora antes da depilação”, recomenda.
Após a depilação, o ideal é passar o mesmo creme hidratante usado antes da retirada dos pelos para revitalizar e proteger a pele. “Porém, quando a depilação for feita com cera quente, a camada protetora da pele é retirada, deixando-a mais exposta e vulnerável”, explica Angélica Pimenta. “Por isso, após o procedimento, o ideal é aplicar produtos que acalmem a pele – à base de alatopina, alantoína, bisabolol ou aloe vera“.
Para quem tem tendência à alergia
Toda pessoa que possui alergias, nesse caso chamadas de dermatite de contato alérgica, deve procurar o seu dermatologista para que sejam realizados exames, a chamada bateria de teste de contato. “Assim descobrimos qual componente essa pessoa não pode entrar em contato e, indicamos, em seguida, produtos adequados sem essa substância”, explica Angélica Pimenta.
A dermatologista Letícia Müller recomenda ainda que a pessoa faça um teste antes da depilação: “basta depilar uma pequena parte do corpo e avaliar se surge irritação, coceira, ardor, dor ou vermelhidão num período de 24 horas”, explica. Esse teste pode e deve ser feito com qualquer cosmético novo que você for usar.
Para quem tem pelos grossos
Para essas pessoas o ideal é usar cera quente para que haja dilatação dos poros e facilite a retirada. “A depilação com cera de pelos mais grossos pode causar dor e sangramento local durante e após o procedimento”, explica a dermatologista Angélica Pimenta. “O ideal é passar uma pomada anti-inflamatória nos locais que foram machucados após a depilação e manter a região sempre limpa”.
Para quem tem pele com tendência a manchas
O ideal é preparar bem a pele, evitar o uso de cremes ou produtos com álcool, não realizar tratamentos com ácidos ou peelings enquanto a pele estiver irritada. Usar protetor solar após a depilação e evitar exposição solar também são medidas fundamentais.
Segundo a cosmetóloga Roseli Siqueira, até o excesso de sabonete em locais sensíveis após a depilação, como a virilha, pode escurecer essas regiões.
Evite cutucar a pele com a pinça para retirar os pelos que ficaram depois da cera e não passe a cera na pele mais de uma vez, essas atitudes podem gerar manchas. Roseli Siqueira orienta a espaçar as depilações. “Uma vez por mês é o ideal, porque a pele tem condições de se recuperar, diminuindo os riscos de manchas e inflamações”.
Para quem tem pele sensível
Vermelhidão e irritação são comuns depois da depilação, mas se no seu caso elas são mais persistentes, a recomendação da dermatologista Angélica Pimenta é utilizar ceras específicas para a pele sensível ou que possuam substâncias calmantes, como a calêndula. Outros cuidados são indispensáveis: o uso de protetor solar para evitar manchas e o uso de pomada anti-inflamatória para pontos muito irritados após a depilação e com indicação médica.
A cosmetóloga Roseli Siqueira recomenda que a hidratação, após a depilação, seja feita com óleos e cremes à base de macadâmia e aloé vera, que também acalmam a pele. Mas atenção: se os problemas causados pela depilação te incomodam, pode ser o caso de optar por outros produtos ou até mesmo outros métodos de depilação, como a fotodepilação ou a depilação a laser.
Para quem tem tendência a ter pelos encravados
A má notícia nesse caso é que o tipo de cera não vai resolver o problema. Quem tem tendência ao encravamento dos pelos com a depilação com cera, terá o problema independente da cera utilizada. Se este é seu caso, procure colocar em prática essas dicas:
- Faça esfoliação da pele semanalmente, de preferência aos cosméticos esfoliantes de marcas que você confia, evite receitas caseiras;
- Caso a foliculite pilosa (o encravamento dos pelos) já estiver presente, ou seja, se houver inflamação evite a esfoliação;
- Use cremes à base de ureia ou ácido glicólico: “eles são grandes aliados na prevenção da foliculite, já que ambos ajudam a afinar a pele e permitir que os pelos saiam sem dificuldades”, explica a dermatologista Angélica. Os ácidos retinoico e salicílico, presentes em diversos cosméticos, também podem ajudar a tratar o problema;
- Aposte na depilação a laser ou na fotodepilação. Segundo a dermatologista Angélica Pimenta, esses são os melhores métodos para diminuir os pelos encravados;
Busque orientação de um(a) dermatologista para avaliar o grau da infecção e orientar o tratamento.
Fonte: Minha Vida
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