Mais tempo para você

Organizar o próprio tempo virou o primeiro item da agenda feminina.
Quando recebi a tarefa de ler o livro Você, dona do seu tempo (Editora Gente), de Christian Barbosa, propus para mim algo diferente: não apenas ler e resenhá-lo para vocês, mas tentar viver no dia a dia as lições apresentadas na obra. Assim, daria uma opinião testada, como nos livros de receitas da vovó. O livro tem por objetivo ensinar a mulheres trabalhadoras como organizar melhor suas tarefas, de modo a não surtar no final do dia (alguém se identifica?). Pois é, as mulheres têm uma bela história de lutas e conquistas, mas continuamos presas aos dias corridos e desgastantes.
O meu primeiro puxão de orelha veio rápido: o autor defende que é necessário uma técnica de gestão de tempo, uma agenda, ou o próprio computador, algo em que se possa anotar as pendências e organizá-las mais racionalmente. Notei que não tinha agenda! E já estava para além da metade do semestre. Tomei vergonha na cara e arrumei logo duas: uma para anotar compromissos referentes à casa e aos estudos e outra somente para o trabalho. Não demorou para que as duas ficassem lotadas! E foi só então que percebi como precisava de uma AGENDA, assim, tudo em maiúsculo.
O segundo chacoalhão foi um pensamento do autor, com o qual acredito que muitas de vocês, leitoras, irão se identificar: “Você já reparou que a palavra ‘estressada’ virou moda entre as profissionais atuais? Ao encontrar uma amiga, pergunte para ela como vai a vida e com certeza você terá como resposta: ‘Estou na correria e estressada!’. Parece até chique ser estressada e viver correndo, não é verdade? Agora experimente responder de forma diferente, algo como: ‘Estou muito tranquila.’ Imediatamente você será questionada se perdeu seu emprego ou se está de férias. Nossa sociedade vinculou carreira e trabalho a estresse e correria, mas não precisa ser assim.”
E é verdade! Eu ando sempre correndo, mesmo quando não estou atrasada. Por quê? Apenas para mostrar para os outros que tenho compromissos e que não sou desocupada. Oras, mas por que eu estava fazendo isso? Nos dias seguintes, comecei a fazer as coisas devagar. Agora, ando olhando tudo a meu redor, sem pressa. Se estou cansada, me permito parar tudo o que estou fazendo e me espreguiçar. Compreendi que a correria é que causava correria.
Terceiro ponto fundamental para o qual Christian Barbosa chama a atenção: saber definir o que é circunstancial, urgente e importante. Afinal, ficar deixando as coisas para o fim do prazo faz com que elas entrem na esfera do urgente desnecessariamente.
Pois, então, leitora, é isso. Se você, assim como eu, acha que seu dia podia ser melhor aproveitado, vale a pena ler Você, dona do seu tempo e aprender algumas boas estratégias. Para continuar sendo ativa, pero, sin perder la ternura. Jamás!
Fonte: Mulheres em Ação
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