O exemplo das “novas lideranças”

Em tempos de globalização e, principalmente, de “interconexão”, ser líder tornou-se um desafio ainda maior. O modo como as ações são articuladas é o que responde pelo sucesso ou fracasso das iniciativas pessoais e profissionais. Hoje, vale muito mais “como” os resultados são construídos do que propriamente a realização em si. Nesse contexto, saber posicionar-se com assertividade diante das diversas demandas no universo organizacional é crucial para que um líder seja reconhecido por seus colaboradores.
É fato que, mais do que de críticas, as pessoas precisam mesmo é de modelos de referências. Um líder deve servir como exemplo, prioritariamente, pelo que faz, não apenas pelo que diz. Na prática, a sustentabilidade das iniciativas se dá quando, de fato, são executadas e não apenas sugeridas. Como preconizou Umberto Eco: “se a palavra ecoa, o exemplo retumba”.
Nem todos nascem líderes, mas, é possível desenvolver bons líderes, através do exercício de habilidades específicas inerentes ao conceito de liderança. Um bom líder manifesta interesse genuíno pelas pessoas e o desejo legítimo pelo que faz com determinação e esforço dedicado ao desenvolvimento de seus colaboradores.
O verdadeiro líder é reconhecido pelo modo como influencia outras pessoas a alcançarem objetivos comuns através do desenvolvimento conjunto. Inspira pelo exemplo e por isso é respeitado e seguido e não apenas obedecido. Mas para inspirar outras pessoas a agirem com excelência nas relações de trabalho, deve vivenciar juntamente com seus pares e colaboradores os conceitos: objetivos colaborativos, soluções integradoras e construção de alianças como denominador comum da liderança humanizada.
Estudo do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) ilustra alguns pontos nevrálgicos do processo de liderança, os quais levam os líderes a se depararem com o problema da alta rotatividade nas suas equipes:
Uma pesquisa desenvolvida através dos atendimentos de coaching executivo com 32 líderes de empresas diversas, esclarece sobre algumas demandas apontadas no bloco dos 56%: falta de orientação diretiva, reconhecimento e construção de vínculo.
A responsabilidade de desenvolver e reter pessoas é o maior desafio do gestor e a ação mais consistente da empresa, portanto a observação de alguns princípios é fundamental na concepção do conceito das novas lideranças:
- Estimular o potencial de realização de cada indivíduo;
- Promover o aprendizado contínuo e incentivar o autodesenvolvimento dos colaboradores;
- Compreender e aceitar diferenças em observação aos princípios da inclusão;
- Delegar e compartilhar responsabilidades;
- Conduzir a equipe em direção à conquista dos resultados;
- Ser diretivo e assertivo: sair do problema e focar a solução;
- Desenvolver talentos e formar sucessores;
- Ilustrar através das próprias atitudes o que a fala preconiza como conduta ideal.
Os novos líderes devem construir-se enquanto marca de valor e aqui entra a essencialidade da liderança humanizada como diferencial único de arregimentar pessoas no desenvolvimento de projetos comuns, através da percepção do gestor de quem elas são e do que querem realizar para então mobilizá-las, com o objetivo de desempenharem ‘no melhor de si’. “Sem um sentido maior, as ações não se sustentam”.
Waleska Farias
Coaching, Gestão de Carreira & Imagem.
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