O que esperar das lideranças em 2015?
Um novo ano, velhas demandas e a esperança de um novo perfil de líderes como solução.
As últimas eleições e relatos da mídia evidenciaram que a falta de preparo e decoro de um líder, independente do segmento onde atue, pode resultar em desmotivação e indignação. No mercado corporativo a dinâmica não é muito diferente.
Nas empresas os problemas de sempre: sobram vagas, faltam líderes e perdem-se pessoas. Líderes e liderados se revezam no papel de culpado e vítima, contracenando o indigesto “quem pode manda quem tem juízo obedece” frente à dificuldade de estabelecer uma interface honesta que garanta a sustentabilidade da relação líder/colaborador.
É necessário o entendimento de que a liderança não se reduz apenas à convenção de um título ou posição, mas, sim, à soma de determinadas habilidades exercidas por alguém que – por nutrir interesse genuíno por pessoas – através do próprio exemplo, exerce influência, conquista admiração e respeito e desperta o desejo de ser seguido.
Um líder por princípio deve ser honesto na qualidade de ser verdadeiro e leal com aqueles a quem se dispôs liderar. Fica cada vez mais óbvio que a credibilidade das lideranças organizacionais está pautada nos valores e princípios daqueles que tomam pra si a missão de liderar pessoas. Talento e experiência podem ser desenvolvidos. Já ética e caráter é outra história.
Quantos líderes sendo simples são sábios, enquanto outros tão bem formados e informados mostram-se simplórios na condição de liderar pessoas. Nenhum diferencial de estudo ou chancela acadêmica fará de alguém um líder integral sem que ele tenha as qualidades naturais de um e o firme propósito de estreitar pontes e diminuir distâncias, promovendo o desenvolvimento contínuo e o engajamento de seus liderados.
Alguém que queira tornar-se um bom líder entende que a sua capacidade de realização vai além das suas chancelas e do seu conhecimento técnico, pois depende muito mais da sua habilidade em apoiar e integrar as pessoas. Afinal, estratégias são ótimas ideias, mas sem pessoas para executá-las jazem na memória. Pessoas são essenciais, portanto desenvolve-las deve ser a prioridade do gestor e a uma ação consistente da empresa.
O bom ser humano necessariamente precede o bom líder. Trata-se de uma consciência a ser conquistada no processo de gestão de pessoas. Não se pode pretender dividir o indivisível. Na condição humana é impossível dissociar o ser pessoal do ser profissional. Diante de uma pessoa, independente da sua posição ou profissão, é preciso enxergá-la como tal. “Quer tornar-se um bom líder? Comece por tornar-se uma pessoa melhor.”
Waleska Farias
Coaching, Carreira e Imagem.
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