O relacionamento pode afetar a imunidade
Casais ansiosos apresentam níveis inferiores de células de defesa.
Ficar ansioso e cheio de preocupações com o relacionamento amoroso pode funcionar como um fator desencadeador do estresse crônico, o que pode comprometer a imunidade. Isso é o aponta um novo estudo que ainda será publicado na edição impressa do periódico Psychological Science. A descoberta foi feita por pesquisadores da Ohio State University, nos Estados Unidos.
Foram acompanhados 85 casais saudáveis que estavam juntos por, pelo menos, 12 anos. A média de idade dos participantes era de 39 anos. Todos relataram os níveis de estresse em que se encontravam e responderam perguntas sobre o casamento e a qualidade do sono. Casais que estavam esperando um bebê, que exageravam na ingestão de álcool ou café ou ainda que apresentavam algum problema de saúde foram excluídos da pesquisa.
Segundo o autor do estudo, a sensação de insegurança no relacionamento aumenta a produção de hormônios relacionados ao estresse, o que afeta o sistema imunológico. Assim, aqueles que se mostraram mais ansiosos apresentaram maiores taxas do hormônio cortisol e menores níveis de linfócitos T, células fundamentais no combate a infecções em nosso organismo.
Embora seja natural e compreensível sofrer de ansiedade vez ou outra, é importante frisar que passar grande parte do tempo submetido a esse sentimento é altamente prejudicial. Para amenizar o sintoma, vale apostar na prática regular de exercícios, na terapia e até em uma dieta reforçada para tranquilizar essas preocupações.
A seguir, confira dicas de como enfrentar 11 motivos de estresse na relação:
Problema: ele(a) nunca se lembra das datas importantes do casal.
Solução: se o parceiro costuma se mostrar atencioso na maior parte do tempo, talvez guardar datas seja uma simples dificuldade. Uma saída, sugerida pela psicóloga Lúcia Serrão do Nascimento, de São Paulo, é avisá-lo de forma descontraída, como “Nosso aniversário está chegando, hein?”, ou mesmo combinar um programa previamente. Mas, se ele simplesmente não dá valor a algo importante para você, talvez esteja na hora de rever a relação e conversar.
Problema: ele(a) é muito ciumento(a).
Solução: qualquer excesso é prejudicial e, nesse caso, a culpa não é somente daquele que sente ciúmes, mas também do outro, que permitiu tal comportamento. A melhor forma de resolver é ter uma conversa franca e procurar entender o motivo desse sentimento. Apesar de parecer inofensivo, o ciúme é considerado uma doença pelos psicólogos e, dependendo do estágio, a melhor solução é buscar ajuda profissional.
Problema: ele(a) gasta demais.
Solução: se o casal tem planos de investimento, é justo que ambos contribuam de forma equilibrada. “Todo mundo tem direito a gastos pessoais, mas deve haver um planejamento”, explica o psicólogo Antonio Carlos Alves de Araújo, de São Paulo. Quem sabe estabelecer uma cota não seja uma boa ideia? Se os gastos de um incomodam o outro, deve-se pensar se essa compulsão não é uma tentativa de preencher alguma carência talvez do próprio relacionamento.
Problema: ele(a) mantém contato com o(a) ex.
Solução: tente entender quais laços ainda unem seu parceiro ao ex. Se, por exemplo, a relação gerou um filho, é inevitável e até justo que a ligação seja mantida. Outra possibilidade é o ex ser usado apenas para causar ciúme, mas também é possível que tenha restado do relacionamento um vínculo de amizade. Aqui, cabe um questionamento para quem mantém o contato: é realmente essencial manter essa amizade que tanto incomoda o parceiro atual? Tente conversar com seu companheiro sobre isso.
Problema: ele(a) sempre esquece as mesmas coisas.
Solução: conviver intimamente com alguém não é fácil. Todo mundo tem manias ou mesmo hábitos que podem incomodar o outro. O essencial é comunicar o aborrecimento, por menor que ele pareça, e quantas vezes for preciso. “Não adianta ficar reclamando. É preciso sentar e conversar seriamente sobre o assunto”, conta a psicóloga Lúcia.
Problema: ele(a) é viciado(a) em trabalho.
Solução: mergulhar de cabeça em uma atividade pode ser uma forma de fugir da realidade. Será que a pessoa realmente quer estar nesse relacionamento? Por outro lado, se o casal tiver planos de comprar um apartamento, por exemplo, alguns sacrifícios se justificam, lembrando que, para tudo, deve haver um limite.
Problema: ele(a) sempre tem tempo para os amigos, mas não para mim.
Solução: é perfeitamente saudável que o casal mantenha sua individualidade, mas “quem realmente quer estar em um relacionamento sério não pode agir como se ainda estivesse solteiro”, analisa o psicólogo Antonio. Isso mostra que o parceiro não está pronto para a relação ou que ele está se sentindo sufocado e, por isso, tenta evitar o companheiro. Nesse caso, o melhor é refletir se ainda vale a pena estar em uma relação que pode ter se transformado em um martírio.
Problema: ele(a) sempre acha que está certo(a).
Solução: até mesmo na relação entre um casal de namorados pode existir disputas de poder. Uma prova clara disso é a tendência de um deles sempre ceder mais que o outro. Mas, para existir um controlador, deve haver um submisso. Então, o problema, na verdade, pode estar mais acentuado na pessoa que sempre aceita as coisas do jeito do outro. Será que isso não mostra medo de guiar sua própria vida?
Problema: ele(a) não sabe guardar nossa intimidade.
Solução: é verdade que as pessoas têm necessidade de partilhar suas vidas. Entretanto, em uma relação a dois, a intimidade deixa de ser do indivíduo e passa a ser do casal. Isso quer dizer que, se o parceiro se sentir incomodado com o excesso de trocas de informação, ele deve expor essa insatisfação e merece ser respeitado.
Problema: as roupas dele(a) me incomodam.
Solução: o parceiro deu uma reviravolta no armário por acaso ou foi você quem passou a se sentir incomodado de repente? Na maior parte dos casos, o surgimento do incômodo nada mais é do que ciúme. Há casos, entretanto, em que o parceiro de fato ultrapassou o limite. Por isso, acima de tudo, use o bom senso.
Problema: a sogra me critica e ele (a) não me defende.
Solução: não importa se é mãe, filho, irmão ou tia. Respeito é bom e todo mundo merece. Por isso, por mais delicado que seja o assunto, ele deve ser dialogado com o companheiro. Não há problema no fato de a sogra querer participar da vida do casal, mas limites devem ser estabelecidos. Segundo conta a psicóloga Lúcia, por mais evidente que seja essa intromissão exagerada, muitas vezes o filho não percebe, pois está acostumado com o comportamento da mãe.
Fonte: Minha Vida
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