O relacionamento pode afetar a imunidade

By on 24/04/2014

Casais ansiosos apresentam níveis inferiores de células de defesa.

Ficar ansioso e cheio de preocupações com o relacionamento amoroso pode funcionar como um fator desencadeador do estresse crônico, o que pode comprometer a imunidade. Isso é o aponta um novo estudo que ainda será publicado na edição impressa do periódico Psychological Science. A descoberta foi feita por pesquisadores da Ohio State University, nos Estados Unidos.

Foram acompanhados 85 casais saudáveis que estavam juntos por, pelo menos, 12 anos. A média de idade dos participantes era de 39 anos. Todos relataram os níveis de estresse em que se encontravam e responderam perguntas sobre o casamento e a qualidade do sono. Casais que estavam esperando um bebê, que exageravam na ingestão de álcool ou café ou ainda que apresentavam algum problema de saúde foram excluídos da pesquisa.

preocupar com o relacionamento 02Segundo o autor do estudo, a sensação de insegurança no relacionamento aumenta a produção de hormônios relacionados ao estresse, o que afeta o sistema imunológico. Assim, aqueles que se mostraram mais ansiosos apresentaram maiores taxas do hormônio cortisol e menores níveis de linfócitos T, células fundamentais no combate a infecções em nosso organismo.

Embora seja natural e compreensível sofrer de ansiedade vez ou outra, é importante frisar que passar grande parte do tempo submetido a esse sentimento é altamente prejudicial. Para amenizar o sintoma, vale apostar na prática regular de exercícios, na terapia e até em uma dieta reforçada para tranquilizar essas preocupações.

A seguir, confira dicas de como enfrentar 11 motivos de estresse na relação:

Problema: ele(a) nunca se lembra das datas importantes do casal.

Solução: se o parceiro costuma se mostrar atencioso na maior parte do tempo, talvez guardar datas seja uma simples dificuldade. Uma saída, sugerida pela psicóloga Lúcia Serrão do Nascimento, de São Paulo, é avisá-lo de forma descontraída, como “Nosso aniversário está chegando, hein?”, ou mesmo combinar um programa previamente. Mas, se ele simplesmente não dá valor a algo importante para você, talvez esteja na hora de rever a relação e conversar.

Problema: ele(a) é muito ciumento(a).

Solução: qualquer excesso é prejudicial e, nesse caso, a culpa não é somente daquele que sente ciúmes, mas também do outro, que permitiu tal comportamento. A melhor forma de resolver é ter uma conversa franca e procurar entender o motivo desse sentimento. Apesar de parecer inofensivo, o ciúme é considerado uma doença pelos psicólogos e, dependendo do estágio, a melhor solução é buscar ajuda profissional.

Problema: ele(a) gasta demais.

Solução: se o casal tem planos de investimento, é justo que ambos contribuam de forma equilibrada. “Todo mundo tem direito a gastos pessoais, mas deve haver um planejamento”, explica o psicólogo Antonio Carlos Alves de Araújo, de São Paulo. Quem sabe estabelecer uma cota não seja uma boa ideia? Se os gastos de um incomodam o outro, deve-se pensar se essa compulsão não é uma tentativa de preencher alguma carência talvez do próprio relacionamento.

Problema: ele(a) mantém contato com o(a) ex.

Solução: tente entender quais laços ainda unem seu parceiro ao ex. Se, por exemplo, a relação gerou um filho, é inevitável e até justo que a ligação seja mantida. Outra possibilidade é o ex ser usado apenas para causar ciúme, mas também é possível que tenha restado do relacionamento um vínculo de amizade. Aqui, cabe um questionamento para quem mantém o contato: é realmente essencial manter essa amizade que tanto incomoda o parceiro atual? Tente conversar com seu companheiro sobre isso.

Problema: ele(a) sempre esquece as mesmas coisas.

Solução: conviver intimamente com alguém não é fácil. Todo mundo tem manias ou mesmo hábitos que podem incomodar o outro. O essencial é comunicar o aborrecimento, por menor que ele pareça, e quantas vezes for preciso. “Não adianta ficar reclamando. É preciso sentar e conversar seriamente sobre o assunto”, conta a psicóloga Lúcia.

Problema: ele(a) é viciado(a) em trabalho.

Solução: mergulhar de cabeça em uma atividade pode ser uma forma de fugir da realidade. Será que a pessoa realmente quer estar nesse relacionamento? Por outro lado, se o casal tiver planos de comprar um apartamento, por exemplo, alguns sacrifícios se justificam, lembrando que, para tudo, deve haver um limite.

Problema: ele(a) sempre tem tempo para os amigos, mas não para mim.

Solução: é perfeitamente saudável que o casal mantenha sua individualidade, mas “quem realmente quer estar em um relacionamento sério não pode agir como se ainda estivesse solteiro”, analisa o psicólogo Antonio. Isso mostra que o parceiro não está pronto para a relação ou que ele está se sentindo sufocado e, por isso, tenta evitar o companheiro. Nesse caso, o melhor é refletir se ainda vale a pena estar em uma relação que pode ter se transformado em um martírio.

Problema: ele(a) sempre acha que está certo(a).

Solução: até mesmo na relação entre um casal de namorados pode existir disputas de poder. Uma prova clara disso é a tendência de um deles sempre ceder mais que o outro. Mas, para existir um controlador, deve haver um submisso. Então, o problema, na verdade, pode estar mais acentuado na pessoa que sempre aceita as coisas do jeito do outro. Será que isso não mostra medo de guiar sua própria vida?

Problema: ele(a) não sabe guardar nossa intimidade.

Solução: é verdade que as pessoas têm necessidade de partilhar suas vidas. Entretanto, em uma relação a dois, a intimidade deixa de ser do indivíduo e passa a ser do casal. Isso quer dizer que, se o parceiro se sentir incomodado com o excesso de trocas de informação, ele deve expor essa insatisfação e merece ser respeitado.

Problema: as roupas dele(a) me incomodam.

Solução: o parceiro deu uma reviravolta no armário por acaso ou foi você quem passou a se sentir incomodado de repente? Na maior parte dos casos, o surgimento do incômodo nada mais é do que ciúme. Há casos, entretanto, em que o parceiro de fato ultrapassou o limite. Por isso, acima de tudo, use o bom senso.

Problema: a sogra me critica e ele (a) não me defende.

Solução: não importa se é mãe, filho, irmão ou tia. Respeito é bom e todo mundo merece. Por isso, por mais delicado que seja o assunto, ele deve ser dialogado com o companheiro. Não há problema no fato de a sogra querer participar da vida do casal, mas limites devem ser estabelecidos. Segundo conta a psicóloga Lúcia, por mais evidente que seja essa intromissão exagerada, muitas vezes o filho não percebe, pois está acostumado com o comportamento da mãe.

Fonte: Minha Vida

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